Em assembleia, PMs decidiram terminar a greve. Decisão não foi unânime. Foto: Mariana Dantas |
A paralisação começou na última terça-feira (13) e, nas últimas 48 horas, a população pernambucana viveu um verdadeiro clima de guerra, com tanques do Exército circulando nas ruas da Região Metropolitana do Recife.
A categoria conquistou quatro pontos considerados emergenciais. São eles: incorporação de auxílio de risco de morte ao salário base, beneficiando ativos e inativos; plano de cargos e carreiras a partir da próxima segunda-feira (19).
Com a criação de uma comissão que irá avaliar junto aos deputados estaduais as promoções na categoria; reestruturação do Hospital da Polícia Militar e criação de unidades de saúde para a categoria no interior do Estado; além da promessa do governo estadual de que o aumento salarial voltará a ser debatido na primeira semana de janeiro de 2014, após os impedimentos causados pela lei de responsabilidade fiscal e lei eleitoral.
Apesar de aprovado, o fim da greve não foi pacífico entre os integrantes da categoria. Um pequeno grupo mais exaltado seguiu na frente do Palácio do Campo das Princesas, onde a negociação foi realizada, gritando que os líderes do movimentos eram covardes por terem encerrado o movimento paredista.
A insatisfação se dá, principalmente, porque mesmo após as conquistas alcançadas os policiais militares e bombeiros não terão um aumento salarial real após a greve. Outra reclamação é de que o fim da greve não foi votado em assembleia mas sim anunciada pelas lideranças da manifestação.
Mesmo com a insatisfação de alguns, os primeiros beneficíos do pós-greve começarão a ser sentidos a partir do mês de junho. No próximo mês, os soldados receberão o salário incorporado ao auxílio de risco de vida e mais o aumento de 14,55% previsto para este ano desde 2011. Além disso, já na segunda-feira (19), uma comissão de dez policiais e bombeiros começam a avaliar a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras.
Dentro desse contexto, uma outra conquista para a categoria é a promessa de que as promoções acontecerão a casa cinco anos. Segundo os líderes do movimento, essa determinação é importante porque há soldados que aguardam um escalonamento há cerca de 25 anos.
Já no que diz respeito à reestruturação do Hospital da Polícia Militar de Pernambuco, o Governo do Estado garantiu o investimento de R$ 4 milhões para tal. Ainda há a proposta de criar unidades de saúde voltadas para a categoria em outros municípios, como no interior pernambucano. Os PM's e Bombeiros também comemoraram a aprovação da revisão do Código Disciplinar da classe.
REFLEXOS DA GREVE - O clima de insegurança começou com ondas de boatos nas redes sociais e se concretizou com cenas de vandalismo e saques em vários supermercados. Nesta quinta-feira terceiro dia da greve, lojas, escolas e instituições públicas fecharam as portas.
A Força Nacional de Segurança e o Exército estiveram nas ruas na ação intitulada "Operação Pernambuco". Os soldados permanecerão nas ruas até que a ordem seja restaurada no Estado.
Do Patrulha do Agreste / Fonte: NE10
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