Um homem suspeito de ter estuprado pelo menos quatro jovens veranistas na Praia de Tamandaré, Litoral Sul do Estado, foi preso nessa quarta-feira (19). O suspeito, segundo a polícia, agia sempre da mesma maneira, abordando casais que namoravam no Forte de Tamandaré. As vítimas são das cidades de Caruaru, Gameleira e Tamandaré.
Armado com faca ou revólver, Ricardo José da Silva, 19 anos, conhecido como Rico, rendia os casais e estuprava as jovens na frente dos namorados. “Ele passava cerca de quatro horas com cada uma”, contou a delegada Edva Magalhães.
O último caso aconteceu em 15 de agosto. Uma adolescente de 17 anos foi mantida refém com uma faca no pescoço e violentada. O outro caso recente aconteceu no dia 2. A vítima foi outra adolescente, de 16 anos. Os outros crimes cometidos este ano aconteceram em janeiro. As jovens foram encaminhadas para o Instituto de Medicina Legal, onde passaram por exame sexológico e foram orientadas a tomar remédios contra doenças venéreas. A polícia diz não saber se o estuprador é soropositivo. Ricardo já havia sido preso este ano, acusado de dois estupros. Segundo policiais, ele teria simulado ser doente mental e conseguiu uma transferência para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), em Itamaracá, de onde acabou fugindo.
“Ele é uma pessoa dissimulada. Por sorte, ainda não fez nenhuma vítima fatal, mas era o caminho”, disse o comissário Nelson Francisco, da Delegacia de Tamandaré. De acordo com o policial, desde que fugiu, Ricardo vivia escondido em casas de veraneio vazias. “Ele também assaltava, furtava e arrombava imóveis”, contou. Os produtos furtados eram, geralmente, trocados por drogas. Segundo Nelson, desde adolescente o rapaz comete crimes pela cidade e já chegou a ser detido algumas vezes antes de completar 18 anos. A população ajudou na prisão de Ricardo. “Muita gente queria vê-lo preso. Se nós não conseguíssemos pegá-lo, ele acabaria sendo morto”, disse o comissário. A polícia pediu novamente a prisão preventiva do acusado ontem, para que não houvesse risco de ele voltar para o HCTP.
Do Jornal do Commercio