"Por mais que eu tente não lembrar, eu não consigo esquecer aquela cena terrível," diz a dona de casa Adriana Silva dos Santos, de 38 anos, avó de um menino de um ano e sete meses que teve o rosto desfigurado após ter sido atacado em casa por um cão da raça pit bull, no município de Jeremoabo, localizado a 386 quilômetros de Salvador.
A criança foi ferida no dia 6 de maio e encaminhada para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Segundo a unidade médica, o garoto permance internado sem previsão de alta, embora esteja respondendo bem aos tratamentos.
Em entrevista ao G1, na manhã desta sexta-feira (23), a avó afirmou que houve negligência, já que esteve durante todo o tempo ao lado da criança, e que o ataque aconteceu em um rápido momento de descuido. Passado o susto, Adriana diz que a família vai doar o cachorro para ser criado por outra pessoa.
A avó da criança comemora a rápida recuperação do menino. "Ele já está bem danado. Está bem brincalhão. Para mim, isso é um milagre de Deus", acredita.
Ainda de acordo com Adriana, o atual estado da criança, que foi atingida por mordidas por todo o rosto, destoa completamente do dia em que ocorreu o ataque. "Quando consegui tirá-lo de perto do cachorro, ele ainda estava consciente. Mas quando chegou ao hospital [ainda em Jeremoabo], ele já estava desacordado. Tive muito medo. Graças a Deus, ele não precisou passar por cirurgia. As feridas no rosto foram costuradas", relatou.
A criança passa o dia com a avó, que está desempregada, e dorme na casa da mãe, de 19 anos. Elas moram na mesma rua. "A mãe ficou muito abalada. Ela é louca pela criança", disse dona Adriana.
Susto
O garoto estava na casa da avó, quando teria saído correndo do quarto até o quintal onde o animal, que está há 12 anos com a família, estava amarrado.
O garoto estava na casa da avó, quando teria saído correndo do quarto até o quintal onde o animal, que está há 12 anos com a família, estava amarrado.
“Eu estava trocando a fralda dele e quando me virei de costas ele já não estava mais na sala, foi tudo muito rápido. Isso nunca aconteceu, ‘Popó’ [nome do cachorro] nunca atacou ninguém. Na mesma hora corri para o quintal e vi o cachorro mesmo amarrado em cima dele, gritei e ele não soltou. Foi preciso a minha filha jogar água nele para ele soltar”, relata a dona de casa Adriana Silva, avó do menino.
Do: Patrulha do Agreste Fonte: G1
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