O número de crianças queimadas por fogos e em fogueiras durante os festejos juninos em Pernambuco aumentou 25% este ano e as crianças continuam sendo as maiores vítimas. Enquanto em 2011 a Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital da Restauração (HR), a maior emergência de Pernambuco, registrou 40 casos, em 2012 foram 50. Do total de pacientes, 29 apresentaram um quadro de queimaduras graves, resultando em internações.
Vinte e oito dos internados eram crianças e adolescentes, com idade entre 0 e 14 anos. Muitos deles precisaram realizar enxertos nas mãos ou pés depois de caírem em fogueiras ou terem parte do corpo queimado por estarem ao lado de adultos no momento em que as acendiam. Mais de 50% dos casos atendidos no HR tiveram queimaduras de 3º grau e 60% eram pacientes que se feriram no interior do Estado.
O médico Marcos Barreto, chefe da Unidade de Tratamento de Queimados do HR, mostrou-se bastante preocupado com o crescimento dos casos de queimados e, principalmente, com o fato de que os acidentes continuam sendo os mesmos.
“Todos os anos fazemos alertas para que as pessoas evitem acender fogueira e soltar fogos, mas parece que não adianta. A impressão é que é algo cultural. Tivemos crianças que perderam dedos das mãos e dos pés e, em alguns casos, até o membro inteiro. As pessoas sabem disso, assistem na TV, mas parece que não se sensibilizam. Precisamos que o poder público se aproprie do assunto, lançando campanhas pesadas para alertar o povo e dificultar cada vez mais a venda de fogos e de madeira para fogueiras”, defendeu o médico.
Fonte: JC Online / do patrulhadoagreste.blogspot.com
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