Se ele era um " barra brava" (Torcida organizada que dominam facções criminosas e influenciam na política daquele país), o Pros correu risco ao aceitá-lo, entregando-lhe a presidência da seção pernambucana.
Em coluna publicada na versões on-line da Folha de São Paulo e do jornal O Globo no último domingo (20), o colunista e jornalista Elio Gaspari, considerado um dos principais analistas políticos do país, fez um desafio ao deputado Federal José Augusto Maia (PROS).
O desafio consistia no político detalhar uma suposta “proposta indecorosa” (ou tentativa de suborno), feita pelo presidente nacional da legenda, Eurípedes Junior, para que o partido passasse a apoiar Paulo Câmara (PSB) no estado.
O assunto veio em pauta no discurso realizado pelo deputado na última quarta-feira (16) na tribuna da Câmara, onde o ele afirmou que vai tentar recuperar, na Justiça, o posto de presidente estadual da legenda.
O que chama a atenção na coluna é que Elio Gaspari comparou o deputado a Roberto Jefferson, denunciante e que estava envolvido no escândalo do mensalão e aos “Barras Bravas”, torcedores argentinos que dominam facções criminosas e influenciam na política daquele país.
Confira o trecho da coluna em que José Augusto Maia é citado:
O Mensalão começou assim
Na tarde de quarta-feira, o deputado José Augusto Maia foi à tribuna da Câmara e denunciou que foi destituído da presidência do Pros de Pernambuco e excluído da lista de candidatos “por não aceitar uma proposta indecorosa e vergonhosa do presidente nacional do partido, Euripedes Junior (…), para me coligar ao PSB”.
O Pros efetivamente coligou-se com o PSB. Há alguns meses, numa reunião do Pros ocorrida em Brasília, Euripedes Junior defendeu a necessidade de lutar pela nomeação de um ministro porque isso permitiria a obtenção de financiamentos de fornecedores e sua canalização para as campanhas.
Nessa ocasião, houve um pequeno mal-estar. Se as doações fossem formais, não haveria por que falar em “proposta indecorosa e vergonhosa”. Numa segunda reunião, numa narrativa de Maia, o assunto voltou a ser tratado, com mais detalhes.
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Maia foi prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, esteve no PMDB e no PTB. Teve suas contas rejeitadas quatro vezes e, no último dia 6, anunciou que desistia de se candidatar à reeleição. Se ele era um barra brava, o Pros correu risco ao aceitá-lo, entregando-lhe a presidência da seção pernambucana.
De qualquer forma, fica a esperança de que especifique a proposta “indecorosa e vergonhosa” que recebeu. Afinal, o deputado Roberto Jefferson, que detonou o mensalão, também passara pelo MDB e pelo PTB, além de ter sido um dos coronéis da tropa de choque do presidente Fernando Collor no Congresso.
Do Patrulha do Agreste /fonte: blog do Ney Lima Foto:Portal Brasil 247.
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