As delegacias estão precárias em todos os sentidos,
denuncia Cláudio Marinho, do Simpol
Os Policiais Civis de Pernambuco realizam, a partir da 0h desta quarta-feira (30), uma paralisação de 24h. Todas as delegacias do Estado vão interromper o atendimento, apenas sendo garantidas as atividades essencias e emergenciais - lavratura de flagrantes, condução de presos aos presídios e casas de detenção, levantamento cadavérico no local do crime e liberação de cadáver no Instituto Médico Legal (IML).
Entre os pontos que estão na pauta de reinvidicações estão melhores condições de trabalho, reposição salarial e o pagamento de hora extra e adicional noturno. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Claúdio Marinho, "para compensar as horas extras são dadas diárias ou o agente participa do programa de jornada extra, no qual é pago R$ 4,47 por hora trabalhada, quando deveria ser pago R$ 20,33, de acordo com a legislação vigente", conta.
A mobilização terminará com uma passeata programada para as 14h saindo da sede do Sinpol, no bairro da Santo Amaro, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo, para entrega de documento com as principais reinvidicações e dossiê produzido pelo Sinpol, com análise da situação de 120 delegacias do Estado. "As delegacias estão precárias em todos os sentidos, algumas não possuem nem vasos sanitários", afirma o presidente.
Os policiais ainda solicitam melhores condiçoes das viaturas policiais, para evitar problemas como o que aconteceu em Caruaru na última sexta-feira (25), quando uma investida de três homens contra um carro da Polícia Civil, acabou deixando um detento morto e outro ferido. O caso ocorreu a duas quadras da Delegacia do município após a unidade deixar o local. "O carro utilizado para mobilizar os presos era um Gol, sem xadrez, expondo todos os que estavam dentro do veículo", explica Claúdio Marinho.
Foto: Clemilson Campos/JC Imagem
Fonte: NE10
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