Depois da majestosa noite de ontem, uma pergunta me deixou intrigado.
Quanto vale a dignidade de um homem?
Um mandato de deputado estadual? Alguns mandatos de vereador? A união de um partido corrupto e sem escrúpulo? Uma promessa de apoio à candidatura a prefeito? A humilhação de uma família inteira? A desmoralização de um jovem político, inclusive com insinuações maliciosas? O medo de ser isolado dentro do partido? O futuro político? O reconhecimento da fraqueza diante da fera?
Talvez algum valor?
Eu me arrisco a dizer que a dignidade não tem título, desculpas, futuro político, preço, não tem medo. A dignidade não é covarde. Eu me arriscaria a dizer que a dignidade não olha para o seu umbigo, para o seu grupo; ela olha para frente, para o futuro, para o outro; ela jamais se deixa levar por interesses mesquinhos, duvidosos, mentirosos.
A dignidade de um homem é medida pelos seus atos. Não adianta encher o peito e gritar nos quatro cantos que é honesto, ético, que tem senso moral. A sua ação é que vai dizer se você tem essa ética e honestidade toda que você acha que tem. Não adianta se apresentar como o novo, aquele que veio fazer diferente, e se comportar como os coronéis, como os pilantras da política, camuflando, enganando, mascarando.
Não adianta se fantasiar com pele de carneiro, sendo um lobo. Talvez demore um pouco, mas logo, o povo descobrirá a farsa. O lobo tem odor pesado.
Para Gandhi a dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros. Devem ser zeladas pelo indivíduo em particular.
Para Kennedy se você agir sempre com dignidade, talvez não consiga mudar o mundo, mas será um canalha a menos.
Não adianta colocar máscaras, elas um dia cairão e ao caírem todos saberão quem zelou pela sua dignidade e quem foi um canalha.
Por Gustavo Bezerra
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