Pilha de roupa que esteve armazenada de forma inadequada em galpão na zona rural de Itajaí será despejada em um aterro sanitário
Na última semana, a cidade de Ilhota (112 km de Florianópolis) se viu envolvida em dois casos de donativos desviados. No dia 19, um empresário de Rio Negrinho (263 km de Florianópolis) foi preso com cerca de 300 mil peças de roupas doadas que teriam sido levadas de Ilhota e eram vendidas por R$ 1,00 em um brechó improvisado. Ele teria se apresentado como pastor e obtido autorização para levar as doações. A polícia investiga a participação de funcionários do município no esquema. Dois dias depois da prisão do empresário, um homem foi detido em Campo Alegre (220 km de Florianópolis) com 15 toneladas de donativos que também seriam provenientes de Ilhota.A prefeitura afirma que não tinha conhecimento dos fatos e que uma sindicância foi aberta para apurar os casos. "Algumas das pessoas envolvidas na logística de entrega dos donativos já foram ouvidas. Em breve, vamos apontar os culpados", afirma o prefeito Ademar Felisky (PMDB). Após o fim das enchentes e com muitas roupas nos estoques, a administração municipal de Ilhota abriu os galpões para toda a população, permitindo inclusive frete para outras cidades. "Se nós pecamos foi pelo excesso e não pela omissão. Não podíamos jogar as peças fora ou deixá-las apodrecer. A única opção era enviar para outras cidades", justifica o prefeito. No auge da tragédia, em dezembro de 2008, a cidade de Blumenau (139 km de Florianópolis) também registrou roubo de doações. Um casal de voluntários foi flagrado desviando produtos em um galpão da Vila Germânica. No último dia 19, eles foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina acusados de peculato, já que o promotor entendeu que, como voluntários, eles poderiam ser equiparados a funcionários públicos. Na mesma época, soldados do Exército também foram flagrados com mochilas cheias de donativos. O 23º Batalhão de Infantaria, responsável por apurar o caso, afirma apenas que o processo encontra-se no comando do Exército, em Curitiba, para análise.
"Nós tínhamos uma situação provisória que foi montada emergencialmente para atender todo um tamanho de catástrofe. Nós saímos de uma microempresa para uma multinacional em matéria de volume de recebimento em dois dias. Nós nos preparamos dentro daquilo que foi possível", afirma o secretário municipal de Assistência Social de Blumenau, Mário Hildebrandt, responsável por organizar as doações. Em Itajaí (91 km de Florianópolis), o problema é o desperdício. Cerca de 70 toneladas de roupas doadas serão jogadas no lixo porque a prefeitura considerou as peças "podres". Pilhas de donativos foram estocadas em um galpão na zona rural, diretamente no chão de terra. "O galpão estava coberto apenas com uma lona, e não tinha paredes. Chovia, secava, chovia, secava", afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Rosane Casas, que culpou a gestão anterior, do prefeito Volnei Morastoni (PT), pelo desperdício. "A questão era provisória, o atual governo que manteve a roupa lá por mais quatro meses, até elas apodrecerem", rebate o presidente do diretório municipal do PT em Itajaí, Felipe Damo. As roupas serão agora destinadas a um aterro sanitário.
Na última semana, a cidade de Ilhota (112 km de Florianópolis) se viu envolvida em dois casos de donativos desviados. No dia 19, um empresário de Rio Negrinho (263 km de Florianópolis) foi preso com cerca de 300 mil peças de roupas doadas que teriam sido levadas de Ilhota e eram vendidas por R$ 1,00 em um brechó improvisado. Ele teria se apresentado como pastor e obtido autorização para levar as doações. A polícia investiga a participação de funcionários do município no esquema. Dois dias depois da prisão do empresário, um homem foi detido em Campo Alegre (220 km de Florianópolis) com 15 toneladas de donativos que também seriam provenientes de Ilhota.A prefeitura afirma que não tinha conhecimento dos fatos e que uma sindicância foi aberta para apurar os casos. "Algumas das pessoas envolvidas na logística de entrega dos donativos já foram ouvidas. Em breve, vamos apontar os culpados", afirma o prefeito Ademar Felisky (PMDB). Após o fim das enchentes e com muitas roupas nos estoques, a administração municipal de Ilhota abriu os galpões para toda a população, permitindo inclusive frete para outras cidades. "Se nós pecamos foi pelo excesso e não pela omissão. Não podíamos jogar as peças fora ou deixá-las apodrecer. A única opção era enviar para outras cidades", justifica o prefeito. No auge da tragédia, em dezembro de 2008, a cidade de Blumenau (139 km de Florianópolis) também registrou roubo de doações. Um casal de voluntários foi flagrado desviando produtos em um galpão da Vila Germânica. No último dia 19, eles foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina acusados de peculato, já que o promotor entendeu que, como voluntários, eles poderiam ser equiparados a funcionários públicos. Na mesma época, soldados do Exército também foram flagrados com mochilas cheias de donativos. O 23º Batalhão de Infantaria, responsável por apurar o caso, afirma apenas que o processo encontra-se no comando do Exército, em Curitiba, para análise.
"Nós tínhamos uma situação provisória que foi montada emergencialmente para atender todo um tamanho de catástrofe. Nós saímos de uma microempresa para uma multinacional em matéria de volume de recebimento em dois dias. Nós nos preparamos dentro daquilo que foi possível", afirma o secretário municipal de Assistência Social de Blumenau, Mário Hildebrandt, responsável por organizar as doações. Em Itajaí (91 km de Florianópolis), o problema é o desperdício. Cerca de 70 toneladas de roupas doadas serão jogadas no lixo porque a prefeitura considerou as peças "podres". Pilhas de donativos foram estocadas em um galpão na zona rural, diretamente no chão de terra. "O galpão estava coberto apenas com uma lona, e não tinha paredes. Chovia, secava, chovia, secava", afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Rosane Casas, que culpou a gestão anterior, do prefeito Volnei Morastoni (PT), pelo desperdício. "A questão era provisória, o atual governo que manteve a roupa lá por mais quatro meses, até elas apodrecerem", rebate o presidente do diretório municipal do PT em Itajaí, Felipe Damo. As roupas serão agora destinadas a um aterro sanitário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário