A cidade de Exu, no Sertão de Pernambuco, parou ontem por causa de uma confusão no cemitério municipal. A dona de casa Maria Neli de Souza Silva, 46 anos, vítima de infarto no dia anterior, estava prestes a ser enterrada, por volta das 10h, quando os familiares perceberam que o visor do caixão estava úmido. Também teve parente que jurou ter visto a mulher se mexer. Foi o suficiente para suspenderem o sepultamento e correrem com o corpo de volta para o hospital.A notícia se espalhou pela cidade e juntou gente diante do Hospital José Pinto Saraiva. “Na tarde da segunda-feira, dois médicos examinaram a paciente e deram o atestado de óbito por enfarte. Quando retornaram com o corpo, um terceiro médico, que estava de plantão hoje (ontem) examinou novamente e confirmou que a senhora estava morta”, explicou Albenira Moreira, funcionária do hospital.A funerária da cidade voltou a ser acionada e levou o corpo novamente para o cemitério. Os parentes não quiseram realizar o sepultamento de imediato. Esperaram por mais três horas e, somente às 13h de ontem, o corpo foi enterrado.“As pessoas se influenciam muito com qualquer coisa. A mulher faleceu às 14h da segunda-feira. Às 10h do dia seguinte não havia sido enterrada ainda. Começaram a sair secreções por causa do calor e já foram dizer que ela estava suando e embaçou o visor do caixão”, contou Anderson Lima, funcionário da funerária.Toda a confusão só serviu para aumentar o sofrimento dos parentes. Eles chegaram a cogitar levar o corpo para o Instituto de Medicina Legal em Petrolina, para que não restasse nenhuma dúvida. Depois desistiram e acabaram permitindo o sepultamento no início da tarde.A reportagem do JC tentou falar com os parentes de Maria Neli de Souza Silva através do telefone de um vizinho, mas eles não quiseram comentar o ocorrido. O médico que examinou o corpo na tarde de ontem e confirmou o óbito também preferiu não se pronunciar sobre o fato.
Do Jc online
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