Dezenas de invasores ficaram do lado de fora da Câmara
Uma comissão foi formada para discutir o problema
com o vereadores
Na manhã dessa quarta-feira (30), vereadores foram pegos de surpresa quando cerca de 150 pessoas, vindas da invasão de terrenos públicos nas proximidades do Moda Center, chegaram a Câmara para tentar discutir, juntamente com eles, o impasse da ocupação desses terrenos.
Uma comissão representando os sem-teto, composta de cinco pessoas, discutiu junto com 13 dos 17 vereadores, a apresentação de como está transcorrendo o projeto de ocupação na área e também da realização de uma audiência pública, para que o impasse seja resolvido.
O restante das pessoas ficaram no interior da Câmara e também protestaram do lado de fora, com cartazes. O policiamento chegou a ser chamado para evitar possíveis tumultos, mas o protesto transcorreu pacificamente.
Vanessa afirmou que o grupo
quer uma audiência pública
Segundo Vanessa Oliveira Batista, uma das líderes do movimento, em torno de 200 famílias carentes estão nos terrenos invadidos desde dezembro do ano passado e que foram usados diversos critérios para escolha dessas famílias, entre eles não possuir casa própria, estar pagando aluguel, ser de baixa renda, ter filhos entre outros.
Uma questão polêmica foi o uso de máquinas pesadas para agilizar as edificações. Ela afirmou que o custo da utilização desses equipamentos veio de pequenas contribuições vindas dos próprios invasores e também de empresários locais, sem especificar nomes.
Vanessa afirmou também que equipes foram designadas para visitar a casa das pessoas interessadas em um dos possíveis lotes, para ver se elas se enquadravam nos requisitos exigidos pelo movimento de modo a evitar, segundo ela, que outras pessoas queiram se aproveitar da situação para conseguir um terreno, nessa área que é considerada de alto valor comercial e cobrou dos vereadores que fossem ao local para conhecer a ocupação.
Ao final da reunião, ficou decidido que, após o carnaval (ainda sem data definida), uma audiência pública será realizada e que os invasores deverão enviar a câmara um documento formalizando uma comissão, para que o impasse das ocupações irregulares seja discutido, como também de um possível projeto de habitação no município.
Fonte: Blog do Ney Lima
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