Ex-presidente Jair Bolsonaro
General Braga Neto, foi candidato a vice de Bolsonaro em 2022
General Heleno foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Silvinei Vasques ex-diretor Geral da Polícia Rodoviária Federal
Tenente Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordem de Bolsonaro
Entre os denunciados estão o ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL); o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o
deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência
Brasileira de Informações (Abin); o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o
ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o
tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; e o
ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
Alguns dos citados já haviam sido presos e indiciados
anteriormente pela Polícia Federal por participação na confecção da minuta
golpista, nos ataques de 8 de janeiro aos Três Poderes e por divulgar
informações falsas acerca das urnas eletrônicas e do processo eleitoral.
Veja a lista de denunciados:
Ailton Gonçalves Moraes Barros: ex-candidato a deputado
estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022 e major reformado do Exército.
Durante a campanha eleitoral de 2022, Barros se intitulava como o “01 de Jair
Messias Bolsonaro”. Foi preso na operação que apurava as fraudes no cartão de
vacinação do ex-presidente.
Alexandre Ramagem: deputado federal pelo Partido
Liberal (PL). Foi delegado da Polícia Federal (PF) e diretor-geral da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Relatório da PF
indica que Ramagem teria “instrumentalizado” a agência para fins políticos no
esquema que ficou conhecido como “Abin paralela”.
Almir Garnier: almirante de esquadra que comandou a
Marinha no governo de Bolsonaro. Foi um dos signatários da nota em defesa dos
acampamentos em frente a quarteis do Exército depois da derrota de Bolsonaro
nas eleições. Foi citado na delação premiada de Mauro Cid como tendo disposição
para participar de um golpe de Estado.
Anderson Torres: foi ministro da Justiça no governo
Bolsonaro. Depois da derrota de Bolsonaro, passou a ocupar o cargo de
secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. No entanto, ele foi preso
depois de ser acusado de ser conivente e omisso na invasão e vandalização dos
prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A chamada “minuta do
golpe” foi encontrada em sua residência.
Angelo Martins Denicoli: major da reserva do Exército.
Durante o governo Bolsonaro, foi nomeado diretor de monitoramento e avaliação
do Sistema Único de Saúde (SUS), quando publicou informações falsas sobre o uso
do medicamento hidroxicloroquina para o tratamento de Covid-19. Foi alvo da
operação Tempus Veritatis, que apurava uma suposta tentativa de golpe por parte
de Bolsonaro e de seus aliados.
Augusto Heleno: o general da reserva foi ministro do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro. Foi capitão do
Exército brasileiro durante a ditadura militar e já defendeu o golpe de 1964
publicamente. O grupo que organizava uma trama golpista pretendia criar um
“gabinete de gestão de crise” comandado por Heleno.
Corrêa Netto: coronel preso na operação Tempus
Veritatis, da PF. É acusado de integrar um grupo que incitava militares a
aderirem a um plano de intervenção militar para impedir a posse de Luiz Inácio
Lula da Silva. Obteve liberdade provisória depois de depor sobre um suposto
plano de golpe de Estado e colaborar com a investigação.
Carlos Rocha: engenheiro e dono do Instituto Voto Legal
(IVL), usado pelo PL, de Bolsonaro, para desqualificar o sistema eleitoral
brasileiro. O relatório feito pelo instituto falava em falhas graves nas urnas
eletrônicas. Com base no documento apresentado, o Partido Liberal defendeu que
as supostas falhas justificariam a anulação de parte dos votos computados.
Cleverson Ney: coronel da reserva e ex-oficial do
Comando de Operações Terrestres. Também foi alvo da operação Tempus Veritatis.
Estevam Theophilo: general e ex-chefe do Comando de
Operações Terrestres. Também cabia a ele o comando do Comando de Operações
Especiais, conhecidos como “kids pretos”. O grupo foi alvo de uma nova operação
da PF por um plano golpista que pretendia matar o presidente Lula, o
vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF). O general foi alvo da operação Tempus
Veritatis. É suspeito de oferecer tropas a Bolsonaro em apoio a um golpe de
Estado.
Fabrício Moreira de Bastos: bacharel em Ciências
Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras. É coronel e foi adido do
Exército em Tel Aviv, capital de Israel.
Fernando de Sousa Oliveira: delegado da Polícia
Federal;
Filipe Martins: ex-assessor internacional de Jair
Bolsonaro. Foi preso preventivamente por seis meses por supostamente ter
deixado o país no avião presidencial de Bolsonaro que deixou Brasília rumo aos
Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022. É acusado de fazer parte de um plano
de golpe de Estado depois das eleições presidenciais.
Giancarlo Gomes Rodrigues: subtenente do Exército. Foi
alvo da operação da PF que investigou o caso da “Abin paralela”. É suspeito de
ter monitorado o advogado Roberto Bertholdo sem autorização judicial. Bertholdo
seria próximo de Rodrigo Maia e Joice Hasselmann, adversários de Bolsonaro.
Guilherme Marques de Almeida: o tenente-coronel
comandou o 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia (GO). Foi alvo da
operação Tempus Veritatis. Ficou conhecido depois de desmaiar e ter que ser
socorrido depois de os agentes da Polícia Federal baterem à sua porta.
Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel da ativa do
Exército. Ele foi exonerado do cargo de comandante da 3ª Companhia de Forças
Especiais, em Manaus, em fevereiro de 2024, após ter sido alvo de uma operação
da PF que apurou reuniões de teor golpista entre militares após a derrota de
Bolsonaro na eleição.
Jair Messias Bolsonaro: ex-presidente da República e
militar da reserva do Exército, segundo inquérito da Polícia Federal, o
ex-chefe do Executivo tinha “pleno conhecimento” do plano golpista de matar o
presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Marcelo Bormevet: alvo de um mandado de prisão em
julho, o agente da Polícia Federal (PF) ocupou, durante a gestão de Alexandre
Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o comando do Centro de
Inteligência Nacional (CIN).
Marcelo Costa Câmara: coronel do Exército. Exerceu o
cargo de assessor especial da Presidência da República, no gabinete pessoal de
Jair Bolsonaro.
Márcio Nunes de Resende Júnior: coronel do Exército;
Marília Alencar: ex-diretora de Inteligência do
Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres;
Mário Fernandes: é general da reserva do Exército. Foi
chefe substituto da Secretaria Geral da Presidência. Ele foi preso
preventivamente, suspeito de arquitetar a morte do presidente Lula, do
vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal. Até março do ano passado, Fernandes estava lotado
como assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).
Mauro Cesar Barbosa Cid: é tenente-coronel do Exército.
Foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nilton Diniz Rodrigues: é general do Exército. Na época
da suposta tentativa de golpe, era o comandante do 1º Batalhão de Forças
Especiais e do Comando de Operações Especiais, unidades militares localizadas
em Goiânia (GO).
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho: é economista
e blogueiro. Neto do ex-presidente João Figueiredo, foi comentarista de uma
emissora de rádio. Segundo a Polícia Federal, ele integrava o núcleo
responsável por incitar militares a aderir ao golpe de Estado.
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: é general da
reserva. Comandou o Exército e foi ministro da Defesa na gestão de Jair
Bolsonaro.
Rafael Martins de Oliveira: tenente-coronel da ativa do
Exército, ele era conhecido como “Joe” e também fazia parte do grupo de “kids
pretos”, após as eleições de 2022. Ele é investigado por ter pedido orientações
quanto aos locais para realização das manifestações após a vitória de Lula.
Ronald Ferreira de Araújo Junior: também
tenente-coronel do Exército é acusado de participar de discussões sobre minuta
golpista
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros: é tenente-coronel
do Exército. Segundo a PF, ele integrava o ‘núcleo de desinformação e ataques ao
sistema eleitoral’.
Silvinei Vasques: ex-diretor-geral da Polícia
Rodoviária Federal;
Reginaldo Vieira de Abreu: coronel da reserva do
Exército, ocupou o cargo de chefe de gabinete de Mario Fernandes, então
secretário-executivo da Secretária-geral da Presidência da República. Para os
investigadores, Reginaldo ajudou Mário Fernandes a disseminar informações
falsas sobre o sistema eletrônico de votação do Brasil para “impedir a posse do
governo legitimamente eleito”. Além disso, ele foi acusado de ajudar Fernandes
a “manipular” um relatório de fiscalização das Forças Armadas sobre as eleições
de 2022.
Rodrigo Bezerra Azevedo: participou do monitoramento
ilegal da rotina de Alexandre de Moraes. “Os elementos de prova apresentados
são convergentes para demonstrar a participação de Rodrigo Bezerra Azevedo na
ação clandestina do dia 15/12/2022, que tinha o objetivo de prender/executar o
ministro Alexandre de Moraes, integrando o núcleo operacional para cumprimento
de medidas coercitivas”, concluiu a investigação.
Walter Souza Braga Netto: é general da reserva do
Exército. Foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil durante o governo de
Jair Bolsonaro, de quem foi candidato a vice-presidente nas últimas eleições.
Wladimir Matos Soares: é agente da Polícia Federal.
Integrou o setor de inteligência da Secretaria da Secretaria de Segurança
Pública da Bahia em 2008 e atuou na PF em Salvador antes de ser transferido
para Brasília.
Fonte: CNN