A juíza Maria Segunda Gomes de Lima, da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Olinda, Grande Recife, decidiu que Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Píres e Bruna Cristina Oliveira da Silva, acusados de cometer canibalismo em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, vão a júri popular no dia 20 de outubro. O trio foi indiciado por homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio (violação) e ocultação do cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira. A sentença, proferida na última sexta (13), foi divulgada nesta segunda (16) pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça. Os réus vão permanecer presos até a data do júri. A defesa pode recorrer da decisão. No entanto, o advogado Paulo Sales, que defende Isabel Cristina, afirmou que não vai interpor recurso porque acredita na absolvição da sua cliente. Até o momento, o G1 não conseguiu contato com os demais advogados.
As qualificações do homicídio são motivo fútil, emprego de meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade, ocultação e outros crimes. A denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) afirma que a vítima de 17 anos foi assassinada pelos três em maio de 2008, em Rio Doce, Olinda. O corpo foi dividido em pedaços e o trio conservou a carne para consumo, ocultando as outras partes. Silveira, Píres e Silva também passaram a criar a filha da vítima. Bruna Cristina ainda assumiu a identidade de Jéssica. Os acusados também responder por duas mortes em Garanhuns. Todos os homicídios têm traços de violência, canibalismo e rituais macabros, conforme a denúncia do MPPE.
Um laudo técnico emitido em novembro passado atestou que os três não têm problemas mentais e, com isso, poderiam responder aos atos que cometeram. O homem e as duas mulheres foram avaliados pelo Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife.
Do: Patrulha do Agreste
Do: Patrulha do Agreste
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