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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Grupo de extermínio é preso na PB



 
 
 
João Pessoa/PB – A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (09), a operação Squadre, na qual cerca de 400 policiais federais estão dando cumprimento a 45 mandados de prisão, 11 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão, totalizando 75 medidas judiciais, em sua maioria na região metropolitana de João Pessoa.

A Operação tem o objetivo de desarticular grupos de milicianos, compostos por integrantes de forças policiais locais e particulares, que atuavam em todo o estado, realizando segurança privada clandestina com emprego de mão de obra não-habilitada, despreparada e portando armamentos ilegalmente.

Durante a investigação das organizações criminosas desarticuladas constatou-se, ainda, a prática de diversos crimes, dentre os quais o tráfico ilícito de armas, lavagem de dinheiro, extorsão, corrupção e a atuação de um grupo de extermínio.

Entre os presos na Operação Squadre estão integrantes de três diferentes milícias.

A primeira é composta por policiais militares, policiais civis, um agente penitenciário e particulares, que atuavam como “grupo de extermínio”, principalmente na região metropolitana de João Pessoa. As vítimas eram em geral presos e ex-presidiários, executados em razão de “acertos de contas”.

O outro grupo era comandado por oficiais da Polícia Militar e realizava segurança privada clandestina, bem como comércio ilegal de armas e munições, usando para isso uma empresa em nome de “laranjas”. O grupo criminoso, que contava também com o apoio de um Delegado da Polícia Civil da Paraíba, é investigado, ainda, pela prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Outra quadrilha de milicianos é formada por policiais civis, policiais militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos.

Os três grupos criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e munições.

Cooperação

A investigação, coordenada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, começou há cerca de um ano e sua execução contou com a participação do COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal) e dos GPIs (Grupos de Pronta Intervenção da Polícia Federal) de diversos estados.

As provas obtidas no curso das investigações devem ajudar na elucidação de vários homicídios praticados por todo o estado da Paraíba. Ações de Inteligência permitiram, inclusive, evitar execuções que seriam praticadas pela milícia.

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