Está provado que as 46 toneladas desembarcadas no Porto de Suape em outubro são lixo hospitalar. No texto da decisão judicial que autorizou a devolução da carga aos EUA, proferida pela juíza substituta da 4ª Vara Federal em Pernambuco, Ethel Francisco Ribeiro, a Polícia Federal (PF) "comunicou que os exames periciais realizados nas amostras coletadas foram concluídos de forma positiva". A expectativa agora é de que até a primeira quinzena de janeiro do próximo ano o material volte ao Porto de Charleston, no estado americano da Carolina do Sul.O pedido de devolução dos dois contêineres que se encontram apreendidos no complexo pernambucano há pouco mais de dois meses foi feito pela empresa NA Intimidade Ltda. e o despacho da Alfândega do Porto de Suape que autoriza a operação foi assinado na segunda-feira (20).Procurado pela reportagem do JC, que teve acesso ao processo, o advogado aduaneiro e representante legal da empresa de Santa Cruz do Capibaribe, Gilberto Lima, confirmou ter conseguido o retorno da mercadoria indevida, classificada como "material hospitalar e potencialmente infectante"."Com isso concluímos uma etapa importante no processo, que demonstra que a mercadoria é incompatível com a encomenda. É um ganho para a empresa. Com a anuência das autoridades americanas iremos devolver uma carga que jamais deveria ter saído dos EUA", comemorou.Questionado sobre as amostras de tecido coletadas nos três galpões da NA Intimidade Ltda. e Império do Forro do Bolso, o advogado afirmou que ainda aguarda a conclusão oficial das análises feitas pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF, em Brasília, e que "espera que se constate a boa qualidade do insumo, cujo fim era a confecção de forro de bolso".
Foto: Bernardo Soares/JC Imagem
Fonte: NE-10
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