Entrevista foi concedida ao repórter policial Gilson Fernandes
Na manhã desta segunda-feira (24) a equipe do Blog do Ney Lima conversou com Valmir Silva, gerente de operações de segurança do Moda Center Santa Cruz.
O assunto foi a segunda investida de criminosos que explodiram caixas eletrônicos no principal centro atacadista de moda do Brasil.
Durante a entrevista, Valmir destacou a ação ousada dos bandidos, que chegaram, em uma caminhonete preta, ao parque de confecções, explodindo os dois caixas.
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O crime
Valmir destacou que o grupo, ainda sem quantidade de pessoas, chegou em uma caminhonete de cor preta, onde entraram no parque e explodiram os caixas, um de cada vez.
“Eles explodiram o primeiro caixa, recolhendo o numerário, e depois explodiram o segundo, também fazendo o recolhimento dos valores. Vislumbra-se que, de acordo com o supervisor, eles mexeram nas gavetas, levando as notas de maior valor. Na fuga, eles evitaram sair pelo portão principal (sentido PE-160), mas optaram em sair por um dos portões laterais. Cortaram um cadeado, abriram e se nota que eles fizeram grande tranquilidade. Estavam armados com armas pesadas” – disse.
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A fragilidade enfrentada pelo Moda Center
Valmir disse que, mesmo com a experiência tida com o primeiro episódio da explosão de caixas (28 de novembro de 2014) e as medidas tomadas (a exemplo da construção do muro ao redor do parque e a nova guarita frontal), há a fragilidade da segurança, em especial com a abertura dos portões para que condôminos possam arrumar suas mercadorias durante a madrugada.
“O parque já estava em funcionamento, com seus portões abertos. Padecemos com essa fragilidade. Temos que abrir os portões para que clientes e condôminos entrem para organizar seus boxes para atendê-los pela manhã” – disse.
Mesmo com o episódio, o gerente de segurança reitera que não houve feridos.
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As investigações esperadas e a não instauração do inquérito da primeira explosão
O gerente de segurança explicou que espera o trabalho de investigação por parte da Polícia Civil quanto ao caso, frisou que o problema da insegurança ocorre em nível estadual, mas um fato que chamou atenção foi que, segundo o mesmo, não houve instauração de um inquérito relativo a primeira investida dos bandidos.
“Como cidadão, posso expressar a minha indignação. Já fiquei indignado com o primeiro assalto. Ninguém sequer foi intimado para prestar informações daquilo que sabíamos. Não tivemos notícias de que nenhuma autoridade policial tenha convocado para as informações serem instruídas através de um inquérito policial. Está na hora, não podemos ficar trancafiados enquanto os marginais estão fazendo, praticamente, o que querem” – desabafou.
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O desabafo
“Eles entraram em uma cidade de mais de 100 mil habitantes; (entraram) em um empreendimento que tem essa mesma quantidade de pessoas; fazer o que fizeram e sair daqui ilesos, impunes e nada ser feito? Até quando?!” – pontuou.
O mesmo citou que tem que haver um trabalho imediato de inteligência, para que esse tipo de ação seja dissipado e falou sobre o que passou, segundo ele, a segurança orgânica do Moda Center.
“Parece-me que as instituições bancárias não estão preocupadas com isso, porque (para eles) isso é um prejuízo é mínimo e deve ter seguro para cobrir, mas nós que somos usuários do sistema, nos sentimos impotentes. A segurança do Moda Center se sentiu impotente diante das armas, do poder de lesividade que elas poderiam causar. Isso é um absurdo e ninguém pode se calar com isso” – disse.
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O que os condôminos atingidos devem fazer
Ainda segundo Valmir, quem teve seu box danificado deve procurar o Moda Center, para que todos os prejuízos estruturais em seus pontos possam ser ressarcidos.
“O Moda Center vai arcar com esse ônus, vai fazer os reparos necessários” – concluiu.
Do Patrulha do Agreste / fonte: blog do Ney Lima
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