quinta-feira, 18 de abril de 2013

Entidades discutem estratégias para o incremento da formalização no setor de confecções






Reunião teve participação de representantes das três
 principais cidades do Polo de Confecções de Pernambuco




Aconteceu na tarde desta quarta-feira (17), em Santa Cruz do Capibaribe, uma reunião para discutir o direcionamento das ações em busca de uma solução para a problemática dos confeccionistas informais que atuam na região agreste do estado.

Um dos principais objetivos do encontro, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município, foi fortalecer a integração entre os representantes do Polo de Confecções de Pernambuco em torno de temas de interesse comum.

Presidentes das associações comerciais e empresariais de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, além de secretários municipais e dirigentes do Moda Center Santa Cruz e Parque das Feiras de Toritama, debateram um pacote de sugestões que serão trabalhadas e propostas ao Governo do Estado a fim de incentivar à formalização no setor.

“É importante que os municípios que integram o Polo de Confecções estejam sempre unidos, discutindo, sobretudo, o crescimento da região. Não queremos ver o Governo do Estado como um entrave, mas como um parceiro no desenvolvimento”, disse Bruno Bezerra, secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Cruz do Capibaribe.

Na reunião também foi discutida a necessidade de uma melhor comunicação entre Governo do Estado, Ministério Público, entidades e confeccionistas, assim como a viabilidade de uma assessoria jurídica e tributária para trabalhar na elaboração de uma estrutura tributária que incentive a formalização e mantenha a competitividade.

“Nós vivemos uma cultura de mais de 30 anos de informalidade. Já faz muito tempo que o Estado busca essa formalização e nós não temos mais como fugir disso. Sabemos que é um caminho sem volta, mas precisamos encontrar soluções que sejam viáveis para a legalização. Essa união dos municípios envolvidos já é um bom sinal”, disse Everaldo Gualberto, coordenador da Câmara Setorial de Componentes Têxteis da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Caruaru).

“Esses municípios deixaram o conceito de cidadezinhas do interior e se tornaram grandes centros urbanos e de produção. E quando a gente cresce, a gente paga um preço. E o preço é essa necessidade de se buscar uma regularização, mas uma regularização reconhecendo a dificuldade de cada porte de contribuinte”, disse Carlos Veras, secretário da Fazenda de Caruaru.

De acordo com Erich Veloso, secretário de Desenvolvimento Econômico de Caruaru, a busca pela unidade na discussão do interesse comum foi o ponto principal da reunião. “Além de soluções para as questões fiscais, tributárias e de legalidade, nós vamos sugerir ao Governo do Estado a criação de uma política desenvolvimentista que venha assegurar ao Polo de Confecções competitividade e visibilidade no cenário nacional e até internacional”, destacou.

Para Bruno Bezerra, é preciso levar em consideração que a atividade confeccionista do agreste pernambucano ao longo de décadas se mostrou uma das mais exitosas experiências de convivência com a seca e de superação das adversidades de produção no semiárido, sendo provedora de desenvolvimento, geração de emprego e distribuição de renda

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