segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Garoto morre por demora em transferência em Santa Cruz

Familiares e profissionais do hospital
Apontam versões diferentes para o caso



Na noite desta sexta-feira 14, por volta das 22h, a tentativa de socorro de um garoto gerou um grande tumulto na frente do Hospital Materno Infantil em Santa Cruz do Capibaribe.
Derquian Tiago Leite de Lima, cinco anos e residente na Rua Sebastião Bastos, deu entrada por volta das 15 horas, depois de se sentir mal em sua residência.
O garoto, que havia passado por uma cirurgia na quarta-feira em Caruaru, foi então levado ao Hospital, pois se encontrava com bastante febre. A partir daqui, começam as versões do caso.





Versão da família




Segundo Roberto Mendes, tio da vítima, a criança chegou ao hospital por volta das 15 horas com febre.
Ainda segundo ele, faltou ambulância para promover a transferência do garoto e também o oxigênio, já que a criança, conforme sua afirmação, teria sofrido uma parada cardíaca: “A criança estava aqui desde três horas da tarde e só foi transferida agora. Ele teve uma parada cardíaca, reanimaram e voltou a cair de novo”, afirmou.
Elenice Soares da Silva, também parente do menino, afirmou que, além da falta da ambulancia, teria faltado médicos para atender o menino. Ainda segundo ela, um profissional do SAMU teria lhe afirmado que teria faltado oxigênio para a criança.
Populares denunciaram também que teria faltado lençol para enrolar a criança no momento da transferência, e que um morador vizinho do Hospital teria providenciado um lençol.
Familiares da criança tentaram invadir o local para retirar o garoto, foi então que houve a chegada do reforço policial. Familiares chegaram, inclusive, a ligar para Toritama na tentativa de conseguir uma ambulância.





A morte da criança


Após a tumultuada transferência, o garoto Derquian Tiago sofre três paradas cardíacas no interior da ambulância do SAMU, vindo a falecer antes de chegar na cidade de Caruaru.
Mesmo com a presença de um dos parentes do garoto no interior da ambulância, a notícia sobre a morte do garoto permaneceu em segredo, para que se evitasse um maior tumulto no Hospital Materno Infantil de Santa Cruz.
Até o fechamento desta matéria, as 23 horas e 50 minutos da sexta-feira, os parentes que aguardavam em Santa Cruz ainda não tinham sido comunicados da morte da criança.





Fonte e fotos: Blg do Ney Lima

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