A quadrilha robou, estuprou e matou no interior da Paraíba.
Uma verdadeira barbárie aconteceu por volta das 00:h. em uma festa de aniversário no município de Queimadas, no Agreste da Paraíba há 15 km de Campina Grande, na madrugada deste domingo (12). Cinco mulheres que estavam no local foram estupradas e duas foram executadas com tiros à queima roupa. Seis bandidos encapuzados e fortemente armados invadiram a casa que fica na rua César Ribeiro, nº 190 no centro daquela cidade, amarraram as 15 pessoas que estavam no local e deram início as agressões, depois estupraram as mulheres. Os criminosos fugiram levando duas mulheres, R$ 5 mil do dono da residência e uma Picape de um convidado.
A recepcionista Michele Domingos da Silva, 29 anos, conseguiu pular do veículo em movimento, mas os acusados pararam o carro e a executaram ao lado de uma igreja católica. Já a professora Isabela Jussara Frazão Monteiro, 27 anos, foi amarrada com algema de plástico e em seguida deixada morta em cima de uma Pik up.
Reconhecimento e morte
A delegada Cassandra Duarte fez uma revelação surpreendente na segunda-feira (13), todos os homens que participaram da festa de aniversário premeditaram o estupro coletivo das mulheres em Queimadas. A violência sexual foi um "presente" dado ao aniversariante, Eduardo Santos Pereira, 28 anos, pelo irmão dele, Luciano. Enquanto acontecia o estupro, a recepcionista Michele Domingos da Silva, 29, e a professora Isabela Jussara Frazão Monteiro, 27, reconheceram os elementos e foram condenadas a morte, as vendas que tapavam os olhos da vítimas, afrouxaram e permitiram que elas vissem os rostos de dois dos acusados.
De acordo com a delegada, todo o crime foi premeditado. E as mulheres foram escolhidas a dedo.
Para simular invasão, o grupo chegou armado e encapuzado a casa de Eduardo. Eles separaram os homens das mulheres, e levaram Michele, Isabela e mais três garotas para outro quarto, onde foram estupradas ao mesmo tempo. As esposas dos dois irmãos Eduardo e Luciano estavam na casa, mas elas foram poupadas, os alvos principais eram duas irmãs. Elas levaram uma amiga, que também foi estuprada, junto com mais duas convidadas.
O presente:
Luciano deu um "presente" ao irmão e agora
estam comemorando no presídio.
O estupro coletivo era um presente ao dono da casa, Eduardo Santos Pereira, que completava 28 anos. E o principal mentor foi o irmão dele, Luciano que planejou tudo.
Os dois, que foram presos no velório das vítimas, serão ouvidos hoje pela delegada titular da Delegacia de Homicídios de Campina Grande, Cassandra Duarte.
Além deles, outras pessoas foram detidas – entre os quais três adolescentes. Eles já prestaram depoimentos e passaram por acareações.
E revelaram que os assassinatos não faziam parte do plano.
As prisões
Dez elementos – entre os quais três adolescentes – foram detidos, e um dos acusados ainda está foragido. O último acusado, José Fernandes Franca Júnior, 22 anos, foi preso no início da tarde desta segunda-feira (13), em Massaranbuda.
Os irmãos Eduardo e Luciano foram presos no velório de Michele e Isabela, em meio a comoção pelas mortes das mulheres. Os dois estão sendo investigados pela Polícia Civil por terem cometido um homicídio no Estado do Rio da Janeiro e de envolvimento com assaltos a bancos e em desmanche de carros na Paraíba. Luciano e Eduardo Santos Pereira prestaram depoimento à polícia civil na manhã desta terça-feira (14) em Campina Grande. Eles são naturais do Estado carioca e moravam em Queimadas há três anos. O padrão de vida com que eles viviam na cidade do interior é que levou a polícia a investigar esses casos.
"Os irmãos tinham vida de luxo!"
afirma delegado.
De acordo com o superintendente regional da polícia civil de Campina Grande, André Rabello, apesar de não declararem renda nem profissão, os acusados levavam uma vida de luxo, com vários “carrões”, mansões e muito dinheiro.
Eduardo, Luciano e os outros acusados foram transferidos na tarde desta terça (14), para o Presídio do Serrotão, em Campina Grande. Já os três adolescentes serão levados a um abrigo provisório.
Sobrinho de prefeito e deputado participou do crime
Diego estava encapuzado quando invadio a residência.
Um dos integrantes do grupo que estuprou cinco mulheres e matou duas delas em Queimadas é sobrinho do prefeito da cidade, Carlinos de Tião, e do deputado estadual Doda de Tião (PMDB).
Diego do Rego Domingues, de 19 anos, participou dos crimes. Ele está preso em Campina Grande, de acordo com fontes policiais, houve uma tentativa de abafar o parentesco do acusado com os políticos. Mas a informação acabou vazando no final da noite de ontem.
Ainda de acordo a polícia, Diego foi um dos convidados pelos irmãos Luciano e Eduardo Santos Pereira para planejar e executar o crime.
Ele era um dos “assaltantes” encapuzados que invadiu a casa de Eduardo, e também participou do estupro coletivo.
Diego do Rego Domingues e os outros seis envolvidos (maiores de 18 anos) foram autuados em flagrante acusados nos crimes de estupro, homicídio qualificado e formação de quadrilha.
Eles estão recolhidos na carceragem da Central de Polícia Civil de Campina Grande e deverão ser transferidos nesta terça (14) para a Penitenciária de Segurança Padrão.
Reportagens:
Pricisla Andtade
Daniela Pimenta
Adriana Bezerra
Fonte: Sistema Corrêio da Paraíba
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