quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pai de motoqueiro que atropelou Dona Marli fala a imprensa


O ex-vereador e micro-empresário Marcos Feitosa enviou na manhã desta terça-feira, dia 31 de agosto, uma nota à imprensa onde relata fatos sobre o trágico acidente que aconteceu no último sábado, dia 28 do corrente mês, vitimando fatalmente a senhora Marli Jordão, de 68 anos de idade.Segundo Marcos Feitosa o jovem que estava na moto é seu filho, Feitosa chegou a visitar a família Jordão e revelou todos os detalhes envolvendo o acidente e se colocou a disposição para trazer seu filho para ser julgado pelo acidente.Marcos chegou a pedir clemência em nome do seu filho e afirmou que reconhece o sofrimento da família da vitima.
Confira na integra a carta enviada por Marcos Feitosa à imprensa.
Carta à imprensa

Senhores jornalistas.É com imensa dor que venho de publico relatar a respeito do acidente ocorrido com Dona Marli Jordão. É de conhecimento de muitos que tenho um filho resultado de uma relação extraconjugal, porém fato já devidamente resolvido em família. Este rapaz tem hoje 22 anos, casado, pai de uma filha, evangélico, trabalhador e de boa conduta. Porém infelizmente foi ele quem estava pilotando a moto que vitimou a Sra. Marli Jordão.Notifico a imprensa para dizer que verdadeiramente só tomei conhecimento de que foi ele, exatamente nesta segunda feira as 13h00min. Pois pessoas ligadas a ele o levaram de Santa Cruz sem meu conhecimento. Após ser sabedor sai direto da minha residência para a residência do Sr. Manoel Jordão onde na presença da sua filha contei tudo que havia acontecido e me coloquei a disposição para trazê-lo a presença da justiça na mesma hora.Falei ao Sr. Manoel da pessoa do meu filho, e pedi algo quase impossível, porém digno de pessoas cristãs como são os familiares da vitima. Pedi clemência pelo Saulo meu filho. Não tratei em momento algum de culpabilidades e sim de amor ao próximo. Sei que é algo quase improvável. Porém fui Homem o suficiente para por término a cassada pelo réu. Fui Homem o suficiente para pedir clemência por um jovem que tem uma família e uma vida inteira pela frente.Sei da tamanha dor que passa a família Jordão. Sei da revolta da sociedade e me coloco no lugar de todos. Porem tenho hoje um filho em total estado de desespero sem saber como agir e como viver por conta de uma fatalidade da vida a qual todos estamos sujeitos. A minha atitude em procurar Sr. Manoel foi verdadeiramente uma atitude humanitária e cristã. O meu pedido de clemência foi feito porque conheço a índole da família Jordão. Espero em Deus que possam atenuar os rigores da lei com relação a Saulo. Peço encarecidamente a todos que não façam julgamentos precipitados, apenas que levem aos seus ouvintes e leitores o relato de um pai desesperado tendo de um lado a perca de uma pessoa tão ilustre para nossa cidade como a Sra. Marli, e de outro um jovem cheio de planos com sua vida prestes a ser desfacelada pela lei dos homens se assim for determinado. Porém, esperançoso pela lei de Deus caso seja ele inocente.Que o meu exemplo com esta atitude possa trazer um pouco de paz aos seus Familiares. Os que realmente me conhecem intimamente sabem da minha dignidade e da minha grandeza de coração. Minhas lagrimas assinam este relato assim como as lagrimas de toda família enlutada são gigantesco pesar para minha vida. O meu intuito aqui não é de sensibilizar a sociedade em favor de um possível descumprimento das leis. Nem se quer mexer com os sentimentos de pesar da família. E muito menos fazer sensacionalismo com algo tão sério como sendo a perca de um ente querido. O meu intuito é tão somente para pedir clemência e contar das minhas providencias para com os fatos acontecidos. Ainda vos digo que naquela casa reina JESUS, porque apesar de levar uma notícia tão inesperada a eles, pude ouvir da filha as seguintes palavras: “Mainha sempre nos ensinou a perdoar, a nunca se vingar de nada nem de ninguém!” E recebi um alento carinhoso do senhor Manoel Jordão. Acho eu que assim também agiria a Sra. Marli. Que Deus continue iluminando a todos agora e sempre.
Marcos Feitosa. 30 de agosto de 2010

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